1 – O que é?

Publicado em 20/01/2022. Atualizado em 20/01/2022 às 20h43

O coronavírus é uma grande família de vírus que pode causar desde resfriados comuns até doenças respiratórias mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). O novo coronavírus, descoberto em dezembro de 2019 na China, é o agente causador da atual pandemia, que segue avançando pelo mundo e tem concentrado mortes principalmente na Itália.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Alguns pacientes relatam coriza, obstrução nasal, dor de garganta e diarreia (menos frequente). Existem aqueles também que foram infectados, mas que não apresentam sintomas ou apresentam de forma leve. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada no estudo de 56 mil pacientes, 81% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar), necessitando internamento para oxigenioterapia, e 5% doenças críticas (insuficiência respiratória, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).

O grupo de risco é formado, até o momento, por pessoas idosas e/ou portadoras de certas condições crônicas como pressão alta, problemas cardiovasculares e diabetes. No entanto, é preciso que todos estejam atentos e tomando os cuidados necessários, pois, além de qualquer um poder ser vetor da doença, já estão sendo registrados casos graves e óbitos de pessoas fora desse grupo de risco.

O contágio ocorre por meio de saliva, secreções ou gotículas expelidas pela boca, durante o espirro, a tosse ou a fala, mesmo quando a pessoa não tem os sintomas manifestos. O vírus também pode ser transmitido pelo beijo, por apertos de mão, por abraços ou por contato com superfícies não higienizadas que foram contaminadas. As gotículas podem ficar depositadas em objetos ou superfícies por horas e outras pessoas podem adquirir o vírus ao tocar nesses objetos e depois tocar os olhos, o nariz ou a boca.

O período de incubação, ou seja, o tempo entre o dia do contato com o paciente doente e o início dos sintomas, é, em média, de cinco dias para a Covid-19. Em raros casos, tem chegado a 14 dias. Os primeiros três a cinco dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade.

De acordo com o Ministério da Saúde e a SBI, para reduzir a capacidade de contágio do novo coronavírus, é necessário adotar medidas de etiqueta respiratória: manter pelo menos dois metros de distância de qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando; evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou com um lenço descartável ao tossir ou espirrar e, logo em seguida, descartar o lenço.

Outras medidas também são necessárias, como a higienização frequente das mãos até a metade do pulso, com água e sabão, ou álcool em gel a 70%; a identificação e o isolamento respiratório dos acometidos pela Covid-19; a utilização de máscaras, caso a pessoa apresente algum sintoma; e o uso dos equipamentos de proteção individual pelos profissionais de saúde.  

Além disso, várias cidades ao redor do mundo têm determinado o isolamento domiciliar da população para que a curva de epidêmica seja achatada, e os sistemas de saúde consigam dar conta de atender todos os pacientes que precisam (link para uma nova página). No Brasil, no dia 20 de março de 2020, o Ministério da Saúde declarou o reconhecimento da transmissão comunitária de coronavírus (link para uma nova página). Ou seja, o vírus já está circulando em todos os estados brasileiros e já não é possível saber a origem da infecção.

Pessoas com febre, tosse e dificuldade para respirar, que não apresentam melhoras com medicamentos, devem procurar atendimento médico imediato. O profissional vai avaliar se os sintomas podem indicar alguma probabilidade de infecção por Covid-19, coletar material para diagnóstico e iniciar o tratamento. Após o atendimento, é preciso seguir as orientações médicas e não frequentar ambientes públicos e mesmo de trabalho, buscando permanecer em casa, em isolamento em um cômodo, até o desaparecimento dos sintomas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico do novo coronavírus é feito por meio da coleta de materiais respiratórios de pacientes classificados como casos suspeitos de Covid-19. As amostras são encaminhadas para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos estados para realização de exames de biologia molecular.

Efeitos do coronavírus no sistema de saúde

É necessário levar a sério o isolamento domiciliar e todos os cuidados e a prevenção com o coronavírus para que os casos da doença não cresçam de forma exponencial, impedido o sistema de saúde de dar atenção necessária a todos os infectados no momento em que precisam. 

Quando o vírus se espalha rápido, é difícil ter leitos, respiradores e equipamentos hospitalares para todos aqueles que precisam. Além disso, a sobrecarga do sistema de saúde com o coronavírus prejudica o atendimento de outras doenças. Assim, quanto mais as infecções são adiadas, mais o contágio vai se distribuindo ao longo do tempo, a pressão no sistema de saúde torna-se menor e aumenta a  probabilidade de o sistema de saúde dar conta da epidemia, quando chegar ao pico. 

A orientação para quem apresentar sintomas leves é respeitar o isolamento social completo por duas semanas, enquanto avalia os sintomas. Se tiver falta de ar, tosse forte ou febre que não melhora com medicamentos é necessário buscar rapidamente ajuda médica. No Ceará, a Secretaria de Saúde do Estado divulgou os locais de atendimento disponíveis na Rede de Assistência Médica (Covid-19) (link para uma nova página). Também disponibilizou contato por meio do Telesaúde 24h no 0800 275 1475 (Central de Atendimento 24h para orientações sobre coronavírus).

O que muda com a declaração de pandemia?

Uma pandemia é um termo usado para descrever a situação em que uma doença infecciosa atinge e ameaça muitos países, ocorrendo surtos ao redor do mundo, de forma simultânea. A OMS declarou pandemia de Covid-19, no último dia 11 de março de 2020. A declaração de uma pandemia não muda a situação, apenas se trata de uma caracterização ou de uma descrição da situação atual. 

Mais informações

Fontes do texto: Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e Sociedade Brasileira de Infectologia  

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