Reitor da UFCA entrega cartas de categorias em greve na Universidade ao ministro da Educação, Camilo Santana

Publicado em 11/06/2024. Atualizado em 11/06/2024 às 17h03

Reitor da UFCA, Silvério Freitas (esq.), reitor da Unilab, Roque Albuquerque (centro) e ministro Camilo Santana (dir.). Junho de 2024.

O reitor da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Silvério Freitas, entregou duas cartas com reivindicações das categorias atualmente em greve na Universidade ao ministro da Educação, Camilo Santana. Os comandos de greve dos servidores técnico-administrativos (TAEs) e dos servidores docentes elaboraram os conteúdos entregues, que estão endereçados ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

As cartas foram recebidas pelo ministro nesta segunda-feira, 10 de junho de 2024, em Brasília-DF, durante o evento “Brasil Unido Pela Educação”, do qual participaram reitores de universidades e institutos federais.

“Pedi ao ministro Camilo Santana sensibilidade para com as demandas dos técnicos e dos docentes. Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação precisam ser mais valorizados. Somos essenciais para a Educação em nosso país”, disse o reitor da UFCA.

Carta dos TAEs da UFCA

Na carta enviada ao presidente, os servidores TAEs da UFCA recordam que a categoria existe “em decorrência de uma política implantada por aquele que sentiu o peso da falta de oportunidades”, fazendo referência a Lula. No texto, são evidenciados os principais eixos de reivindicações dos TAEs: “reestruturação da carreira, condições remuneratórias adequadas e melhores condições de trabalho”.

Na mensagem, os servidores reivindicam, ainda, que o presidente participe das negociações para o fim da greve e implemente medidas para melhorar a carreira TAE, “não permitindo mais que a Educação possua a pior carreira do serviço público”.

Carta dos Docentes da UFCA

Em sua carta a Lula, os servidores docentes da UFCA, por sua vez, destacaram que “a consolidação da democracia e a derrota do fascismo só serão possíveis com a ampliação do investimento na educação pública” e que a greve da categoria veio “após o esgotamento de inumeras tentativas” de buscar recomposição do orçamento para a Universidade e também reajuste para os docentes da instituição.

Ainda na carta, a categoria docente entende que o fim da greve “depende exclusivamente” de o governo “criar coragem” e “afirmar em seu orçamento” que a educação pública é prioridade para o país.

Brasil Unido Pela Educação e o HU para a UFCA

No evento desta segunda, o governo federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será dirigido à criação de 10 novos campi no país e, ainda, a melhorias na infraestrutura das 69 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).

A UFCA está entre as instituições que vão sediar os novos oito hospitais universitários do país. Conforme anunciado pelo governo federal, as unidades serão vinculadas às universidades federais do Cariri (UFCA), de Pelotas (UFPel), de Juiz de Fora (UFJF), de Lavras (Ufla), do Acre (Ufac), de Roraima (UFRR), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de São Paulo (Unifesp).

Aos hospitais universitários já existentes, já foi destinado um montante de R$ 1,5 bilhão, em agosto de 2023. Em 2024, o Novo PAC vai garantir recursos adicionais de R$ 250 milhões para os hospitais da Rede Ebserh/MEC, totalizando R$ 1,75 bilhão. O valor será usado para melhoria das condições e do funcionamento das unidades de saúde.

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